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VAGINISMO: ENTENDENDO A DISFUNÇÃO E SEUS TRATAMENTOS.

O vaginismo é uma disfunção sexual feminina caracterizada pela contração involuntária dos músculos vaginais, dificultando ou impossibilitando a penetração durante o ato sexual, exames ginecológicos ou uso de absorventes internos. Esta condição, muitas vezes envolta em tabus e falta de informação, pode impactar significativamente a saúde sexual e emocional da mulher.

Causas do vaginismo –

As causas do vaginismo podem ser multifatoriais, envolvendo aspectos físicos e psicológicos. Traumas sexuais, crenças culturais ou religiosas rígidas, ansiedade, medo da dor e experiências negativas anteriores são fatores comuns associados à condição. Além disso, questões como lubrificação insuficiente ou infecções podem agravar os sintomas.

Sintomas do Vaginismo –

Os principais sintomas incluem:

🡪 Dor ou desconforto intenso durante tentativas de penetração.

🡪 Contração muscular involuntária na região pélvica.

🡪 Ansiedade e medo relacionados ao ato sexual.

🡪 Dificuldade em realizar exames ginecológicos.

Em alguns casos, o vaginismo pode ser confundido com outras condições, como dispareunia, que é a dor durante o sexo, mas sem a contração muscular característica.

Diagnóstico e tratamento –

O diagnóstico é clínico e é realizado por um profissional capacitado que avalia os sintomas relatados e que descarta outras possíveis causas físicas. Infelizmente, o desconhecimento sobre o tema entre pacientes e até alguns profissionais pode atrasar o diagnóstico e o início do tratamento.

O tratamento do vaginismo é eficaz e envolve abordagens combinadas. Terapias comportamentais, como exercícios de dessensibilização e uso de dilatadores vaginais, são frequentemente indicadas. A fisioterapia pélvica também desempenha um papel crucial, ajudando a fortalecer e relaxar os músculos da região. Em casos específicos, psicoterapia pode ser necessária para abordar questões emocionais subjacentes, como traumas ou crenças limitantes.

Além disso, a educação sexual é fundamental, tanto para a mulher quanto para o parceiro, quando aplicável. Essa conscientização contribui para reduzir a ansiedade e criar um ambiente de apoio mútuo.

 

Ponto de atenção: O uso de botox (toxina botulínica) tem emergido como uma alternativa no tratamento do vaginismo em casos específicos, especialmente para pacientes que não responderam a outras abordagens terapêuticas. A toxina botulínica age relaxando os músculos e reduzindo as contrações involuntárias que dificultam a penetração vaginal.

Como o botox funciona no tratamento do vaginismo –

A toxina é injetada diretamente nos músculos do assoalho pélvico, geralmente no músculo pubococcígeo, que está envolvido na contração característica do vaginismo. O efeito do botox é temporário, durando entre três a seis meses, período em que os músculos permanecem relaxados. Isso pode proporcionar um alívio significativo dos sintomas e criar uma janela para que a paciente avance em outras formas de tratamento, como fisioterapia pélvica e terapia comportamental.

Benefícios do uso de botox –

🡪 Redução imediata das contrações involuntárias, permitindo que a paciente experimente penetração sem dor pela primeira vez.

🡪 Facilitação de outros tratamentos, como o uso de dilatadores vaginais e exercícios de dessensibilização.

🡪 Melhoria na qualidade de vida, ajudando a restaurar a confiança e a autoestima da paciente.

Considerações e limitações –

Apesar dos benefícios, o botox não trata a causa subjacente do vaginismo, especialmente quando a origem é psicológica. Assim, ele deve ser visto como parte de uma abordagem multidisciplinar, complementando terapias psicológicas e comportamentais. 

O botox é indicado para casos graves ou resistentes a tratamentos convencionais, e nem todas as pacientes podem ser candidatas ao procedimento. Uma avaliação cuidadosa é essencial para garantir a segurança e eficácia.

Se estiver considerando o uso de botox para o tratamento do vaginismo, consulte um profissional especializado para discutir as opções e criar um plano de tratamento personalizado.

 

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O vaginismo, embora desafiador, é uma condição tratável. A busca por ajuda especializada é o primeiro passo para superá-lo. Informar-se sobre a saúde sexual e discutir abertamente o tema são atitudes importantes para combater estigmas e promover o bem-estar físico e emocional das mulheres.

Caso você ou alguém que conheça esteja enfrentando os sintomas do vaginismo, procure um ginecologista. O cuidado adequado pode transformar a qualidade de vida e a autoestima da paciente.

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