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SÍFILIS: O QUE É, SINTOMAS, TRATAMENTOS E PREVENÇÃO.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Apesar de ser uma doença antiga, a sífilis continua a ser um problema de saúde pública, com um aumento significativo de casos nos últimos anos. Se não for tratada adequadamente, a sífilis pode causar complicações graves para a saúde. No entanto, quando detectada precocemente, o tratamento é simples e eficaz.

– O que é a sífilis? –

A sífilis é uma doença bacteriana que pode ser transmitida principalmente através de relações sexuais desprotegidas, mas também de mãe para filho durante a gestação, o que resulta na chamada sífilis congênita. A infecção se desenvolve em várias fases e cada uma delas apresenta diferentes sintomas. Se não tratada, a sífilis pode permanecer latente por muitos anos, causando danos severos aos órgãos internos, como cérebro, coração e nervos.

– Sintomas da sífilis –

A infecção é dividida em quatro fases principais: primária, secundária, latente e terciária, cada uma com seus próprios sintomas.

  1. Sífilis Primária: a fase inicial se manifesta como uma pequena ferida indolor, chamada de cancro sifilítico, que aparece no local da infecção, geralmente nos órgãos genitais, ânus ou boca. Essa ferida pode passar despercebida e desaparece sozinha em algumas semanas, mas a infecção continua se espalhando pelo corpo.
  2. Sífilis Secundária: sem tratamento, a sífilis evolui para a fase secundária, que se caracteriza por uma erupção cutânea que pode surgir em qualquer parte do corpo, especialmente nas palmas das mãos e solas dos pés. Outros sintomas incluem febre, dores de cabeça, cansaço e ínguas inchadas.
  3. Sífilis Latente: após a fase secundária, a sífilis pode entrar em um estágio latente, em que a pessoa não apresenta sintomas, mas ainda está infectada. A sífilis latente pode durar anos.
  4. Sífilis Terciária: se a doença não for tratada, ela pode progredir para a fase terciária, que é a mais grave. Nesta fase, a sífilis pode causar sérios danos a órgãos vitais como o coração, cérebro e nervos, resultando em paralisia, cegueira e até a morte.

– Diagnóstico da sífilis –

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que detectam a presença da bactéria Treponema pallidum ou anticorpos que o corpo produz em resposta à infecção. Em casos de sífilis congênita, o diagnóstico também pode ser feito em recém-nascidos, se a mãe tiver a infecção.

– Tratamento da sífilis –

O tratamento é simples e eficaz, especialmente nas fases iniciais. O medicamento mais comum para tratar a sífilis é a penicilina, um antibiótico que elimina a bactéria do corpo. Para pacientes alérgicos à penicilina, outras opções de antibióticos podem ser usadas, mas o tratamento pode ser mais longo.

O número de doses de penicilina depende da fase da infecção. Na fase primária e secundária, uma única dose intramuscular é geralmente suficiente. Já na fase terciária ou latente, pode ser necessário um tratamento mais prolongado. É importante destacar que o tratamento da sífilis elimina a infecção, mas não reverte danos já causados pela doença, especialmente nas fases mais avançadas.

– Prevenção da sífilis –

A prevenção da sífilis envolve principalmente o uso de preservativos durante todas as relações sexuais, incluindo sexo vaginal, oral e anal. Além disso, é importante realizar testes regulares de ISTs, especialmente para pessoas sexualmente ativas com múltiplos parceiros.

Outra medida importante para a prevenção da sífilis congênita é o pré-natal adequado. Gestantes devem ser testadas para sífilis no início da gravidez e, se necessário, tratadas para evitar a transmissão da doença ao bebê.

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A sífilis é uma doença séria, mas que pode ser facilmente tratada e prevenida. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações graves, e o uso correto de preservativos é uma das maneiras mais eficazes de se proteger. A vacinação não está disponível para sífilis, por isso, a conscientização e o cuidado com a saúde sexual são as melhores formas de prevenção.

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